Ilhéus, 23 de abril de 2024
Memória de São Jorge, Patrono do Escotismo
Queridos Chefes,
Por ocasião da festa do nosso santo patrono São Jorge, tenho a oportunidade e alegria de me dirigir a todos vocês, Chefes da AGEBR, com uma mensagem de incentivo e comunhão.
Há poucos dias, relia o histórico do nascimento da nossa Federação (UIGSE-FSE). Os primeiros guias e escoteiros da FSE tinham um sonho quando se reuniram em Colônia, na Alemanha, em 1956. Acabavam de sair de uma guerra longa e devastadora, um conflito mundial causado pelo ódio e pela profunda divisão entre os povos. Por isso, desejavam, antes de tudo, que o escotismo fosse fundado em um espírito de unidade, paz, respeito e na preservação das sábias e importantes intuições originais de Lord Baden-Powell.
Há poucos dias, o Santo Padre expressou sua tristeza, como seu antecessor, o Papa São Pio X, que chorou frente à Primeira Guerra Mundial. O Papa Francisco continua a denunciar as atrocidades da guerra e das divisões, e nos convida sempre a orar, a nos respeitar e a agir pela paz. O diabo, além de ser o pai da mentira (Jo 8, 44), se alegra com as divisões. E estas se aprofundam quando deixamos de orar, de ouvir a Palavra de Deus na pregação de sua Igreja e de celebrar os sacramentos.
Como guias e escoteiros da AGEBR, somos chamados, antes de tudo, à unidade. Esta unidade nasce, primeiramente, do espírito com o qual vivemos nossa promessa. Viver nossa promessa com convicção, diante do Senhor e de sua Igreja, de nossos irmãos, com sinceridade e perseverança, é o primeiro e mais fundamental elemento da nossa vida escoteira. Em seguida, nossa comunhão está baseada em nossa pedagogia e na harmonia da nossa organização. Por isso, vamos agradecer ao Senhor, pela intercessão de nosso patrono comum, São Jorge, por termos tantos instrumentos e servidores em nossa AGEBR, para que possamos viver nosso escotismo de modo saudável, alegre e profundamente cristão. Um escotismo que é, para nós, um caminho de santidade!
Em suma, nós “vestimos a camisa” do escotismo, e queremos entrar no jogo com raça. Queremos ser jovens, alegres, cristãos e a caminho da santidade. Belo programa de vida! Nem todo mundo tem coragem de entrar nesta aventura. Mas como contamos com a força que vem de Deus, podemos entrar nesta partida difícil sem medo.
Providencialmente, escrevo a vocês de Ilhéus, na Bahia, uma das cidades mais antigas da Terra de Santa Cruz, que tem São Jorge como patrono. A cidade era chamada São Jorge dos Ilhéus, inclusive. Hoje, toda a Diocese de Ilhéus celebra seu querido patrono, junto à sua bela e forte igreja, construída no século XVI. Terei cada Chefe, cada guia e cada escoteiro em minhas orações, aos pés do santo guerreiro.
Meu grande e fraternal abraço a todos e todas.
Semper Parati!
Frei André Luís Tavares, OP
Conselheiro Religioso Nacional AGEBR